Nascido (cerca de 469 a.C.) e falecido (cerca de 399 a.C.) em Atenas (capital da Grécia), foi um um dos primeiros filósofos (alguns acreditam que os primeiros filósofos da humanidade foram os gregos, mas poucos sabem que não é verdade, já que os egípcios* começaram a sondar os mistérios da filosofia há quase 3.000 anos antes dos gregos) do período clássico da Grécia Antiga (também identificado como “Período das Hegemonias”, por causa do revezamento de soberania que ocorreu entre as cidades-estado Atenas e Esparta, ocorrido entre os séculos VI e IV a.C., é identificada como o mais glorioso período grego, mesmo sendo também um período de muitas guerras).
*Uma curiosidade é que, talvez, o primeiro filósofo citado pela e na história, foi o egípcio "Ptah-hotep" (http://goo.gl/CPvfZT), que viveu há cerca de 5.000 anos passados (veja também uma anterior publicação nossa sobre Egito Antigo http://goo.gl/RPiY4X).
Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, Sócrates é, até hoje, uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde. Através de sua representação nos diálogos de seu estudante ou professor, Sócrates tornou-se renomado por sua contribuição no campo da ética, e é este Sócrates platônico que legou seu nome a conceitos do "método socrático", que consiste em uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, onde o professor conduz o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso ele faz uso de perguntas simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar do aluno, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliá-lo assim a redefinir tais valores, aprendendo a pensar por si mesmo.
Em Atenas, Sócrates não era o único a filosofar. A cidade, com o seu esplendor cultural e regime democrático, atraía a si estrangeiros que se davam pelo nome de "sofistas", ensinavam tudo o que se podia ensinar, mas manipulavam seus alunos, faziam eles acreditarem em tudo, com tanto que os alunos pagassem ao sofistas de alguma forma. Sócrates comparava os sofistas aos mercadores, que elogiam os produtos que vendem mesmo sem saberem se são bons ou não, e achava "vergonhoso vender o saber, dizendo que o comércio da sabedoria não merecia menos ser chamado prostituição que o tráfego da beleza".
Já os "pré-socráticos" eram aqueles que antecediam Sócrates, e também era chamados de "naturalistas", e buscavam tentar saber a origem dos cosmos, da vida, de tudo. Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral.
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